
Secretaria Estadual da Saúde esclarece aos deputados distribuição das…
Um dia após o ato simbólico que deu início à vacinação contra a Covid-19 no RS, a Comissão Representativa que responde pela Assembleia Legislativa durante o recesso parlamentar esteve reunida com a equipe da Secretaria Estadual da Saúde. O encontro, agendado na semana passada após reunião da Comissão Representativa com entidades da área da saúde e realizado na tarde desta terça-feira (19), foi coordenado pelo presidente da Casa, deputado Ernani Polo.
Polo citou a chegada das primeiras doses da vacina, na noite de segunda-feira (18). “Foi um dia longo, mas importante”, destacou. Explicou que seria a terceira reunião da Comissão Representativa, que já havia se reunido com a equipe da Secretaria da Saúde, no fim de dezembro, para tratar do planejamento da vacinação, e, na última sexta-feira (15), com entidades e conselhos profissionais da área da saúde.
A secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, explicou os critérios utilizados para a distribuição aos municípios das 341,8 mil doses da Coronavac recebidas do Ministério da Saúde ontem. Ela salientou que a quantidade representa pouco mais de 10% de todo o grupo prioritário na primeira fase da imunização, já que foram distribuídas 168 mil doses neste momento e o restante será utilizado para garantir a segunda dose a quem está se vacinando agora. Segundo a secretária, a distribuição das vacinas começou na manhã de hoje e, até às 16h, todas as Coordenadorias Regionais de Saúde já haviam recebido o material para ser entregue aos municípios.
Quanto ao grupo prioritário que será vacinado com o quantitativo recebido, Arita explicou que a distribuição foi feita considerando as orientações técnicas do Ministério da Saúde. Conforme ela, serão imunizados 100% das pessoas com mais de 60 anos institucionalizadas, incluindo aí também as pessoas com deficiência com mais de 18 anos institucionalizadas; 100% dos indígenas que vivem em terras indígenas e 34% dos profissionais de saúde, dando prioridade àqueles que atuam direto com a Covid. Assim, devem ser vacinados, com as duas doses da vacina, 30.111 pessoas institucionalizadas, 15 mil indigenas e 123 mil profissionais da saúde.
O passo seguinte, conforme Arita, é esclarecer a população de que é preciso manter todos os protocolos sanitários, como uso de máscara, de álcool em gel para higienizar as mãos e distanciamento social; e também deixar claro que não há, por enquanto, número suficiente para garantir toda a primeira fase da vacinação, além de aguardar posição do Ministério da Saúde sobre a quantidade e o cronograma de distribuição de outras vacinas aos estados. Ela ainda informou que, em 8 de janeiro, foi enviado ofício ao ministro Eduardo Pazzuelo solicitando autorização para que, tão logo novas vacinas cheguem ao RS, os professores também possam começar a ser imunizados.
Novos fornecedores
A secretária Arita e sua equipe responderam os questionamentos apresentados pelos deputados. A secretária informou a disposição do governador de buscar novos fornecedores, lembrando que o RS já assinou termo de adesão com o Instituto Butantan e, amanhã (20), haverá reunião com o laboratório União Química, que deve produzir a vacina Sputinik, para obter informações sobre o imunizante. Arita ainda lembrou que, no momento, o país não tem autorização pra uso de outras vacinas que não as duas aprovadas pela Anvisa no domingo. Sobre o chamado tratamento precoce da doença, a posição do Estado é que, até o momento, não há evidências científicas de medicamentos eficazes para tratar a Covid, como a Anvisa deixou claro no domingo, quando autorizou o uso emergencial de duas vacinas, mas que é preciso garantir a autonomia médico-paciente.
Também participaram o deputado Carlos Búrigo, o procurador-geral de Justiça, Fabiano Dallazen, além de representantes do Ministério Público do Trabalho no RS, da Defensoria Pública do Estado e do Ministério Público Federal.