Gabinete itinerante apresenta diagnóstico de perdas das indústrias no…

Dados mostram que 93% das empresas pesquisadas foram afetadas pelas cheias

O Gabinete Itinerante da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), formado pela Junta Comercial do RS (JucisRS), vinculada à Sedec, e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do RS (Sebrae RS), apresentaram o diagnóstico do levantamento com 1.301 empresas, distribuídas em onze municípios do Vale do Taquari. O levantamento ocorreu de 18 a 22 de setembro, in loco, mas o fechamento contemplou os empreendedores que preencheram o questionário de forma on-line até o 26 de setembro. O resultado mostrou que 93% delas foram afetadas diretamente pelas enchentes causadas pelo ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul em setembro. Os setores mais atingidos foram o do comércio (43%) e o de serviços (43%), seguidos pelo da indústria (14%). Destas empresas, 35% são de microempresários individuais (MEI) e 59% micro empresas ou empresas de pequeno porte (ME e EPP) e 6% demais portes. A coleta de dados iniciou com o Gabinete Itinerante, coordenado pela Sedec. O diretor-geral Leandro Evaldt e o diretor-geral adjunto Roger Pozzi lideraram os trabalhos em conjunto com a JucisRS e o Sebrae RS, além de contar com o apoio das associações comerciais e industriais dos municípios afetados pelo ciclone, pela CIC do Vale do Taquari e prefeituras. Participou também a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Profissional.

Os municípios que receberam a pesquisa foram: Arroio do Meio, Bom Retiro Do Sul, Colinas, Cruzeiro Do Sul, Encantado, Estrela, Lajeado, Muçum, Roca Sales, Taquari e Venâncio Aires. Dados mostram que as estimativas de perdas das empresas ficam em sua maioria em até 50% (41%), mas 23% delas tiveram perda total de seus maquinários e estoques. Calcula-se que o valor perdido entre as companhias que responderam à pesquisa supere os R$ 420 milhões, sendo os prejuízos mais expressivos no setor da indústria.

Um fato que chama a atenção é que das empresas que responderam à pesquisa, 75% delas não possuíam nenhum tipo de seguro e 86% delas não são adeptas do Juro Zero, programa do governo do Estado que, por meio da Sedec e dos bancos vinculados, subsidia juros de financiamentos para investimentos. Outra situação que preocupa é que somente 32% delas já retomaram as atividades, enquanto 16% não têm previsão de quando isso ocorrerá.

A partir deste levantamento, a Sedec se reunirá com os bancos para buscar soluções financeiras para auxiliar as empresas. “Vamos fazer a mediação com os bancos vinculados à Sedec. É um processo trabalhoso, mas com o apoio do governo do Estado, fazendo todo o possível para recuperar essas empresas de maneira mais célere”, ressaltou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo.

Além de contribuir com o levantamento, o Sebrae RS mobilizou sua estrutura operacional desde a primeira semana do mês de setembro – período no qual a região enfrentou o ciclone, colocando seus canais de relacionamento à disposição da população. O telefone 0800 570 0800 e o WhatsApp (51) 3216.5000 permanecem em funcionamento para o atendimento de todos que buscam auxílio e orientação.

“Tanto do ponto de vista social quanto econômico, a retomada da normalidade da nossa região se dará de forma gradual. Em um primeiro momento, cuidando das pessoas diretamente impactadas. E, a partir de agora, fomentando políticas e ações que permitam que o trabalho, o emprego e a renda possam voltar aos patamares normais. Faremos isso em sinergia com os parceiros e entidades que compõem o nosso ecossistema empreendedor. E, principalmente, com a comunidade que tão bem nos acolhe”, destaca a gerente regional do Sebrae RS, Liane Klein.

_{Taís Teixeira/Ascom Sedec}

 

Marinha apresenta propostas de infraestrutura e educação para o…

O Comando do Quinto Distrito Naval da Marinha apresentou duas propostas para o fortalecimento do Polo Naval de Rio Grande e desenvolvimento do setor no RS na tarde de terça-feira (26/9) no gabinete do vice-governador Gabriel Souza. A melhoria da infraestrutura da marítima da região de Rio Grande e a construção de escola de fluviários para a formação de profissionais da Marinha e também embarcações privadas em Porto Alegre foram detalhadas durante a reunião.

As alterações estruturais solicitadas pela Marinha devem ajudar na implementação de docas com airbags, instrumentos que permitiriam uma elevação da capacidade de recebimento de embarcações para conserto e reparação com até 2 mil toneladas, ampliando a geração de emprego e renda regional. Quanto à escola, a intenção é de atender mais de 100 alunos simultaneamente, transformando o RS em um polo educacional para o setor, inclusive com cursos gratuitos. O local previsto para funcionamento é em um terreno de propriedade da Marinha, no Quarto Distrito, zona Norte de Porto Alegre. Atualmente, a oferta para formação de novos marinheiros ocorre apenas nas capitais Manaus, no Amazonas, e Belém, no Pará.

Em reunião coordenada pela diretora-geral do Gabinete do vice-governador, Daniela Machado, o diretor adjunto da Sedec Roger Pozzi, e o assessor institucional, João Seibel. Participaram da reunião o comandante do Quinto Distrito Naval, vice Almirante Augusto José da Silva Fonseca Junior, os Capitães Marcio Henrique da Silva, Márcio Abel Longo, Leandro Pereira e Dinely e também o representante da Portos RS em Porto Alegre, Matheus de Oliveira.

“Já estivemos reunidos com a Marinha e agora levamos o tema ao Gabinete do vice-governador pela importância e relevância do fortalecimento do setor no RS. O projeto tem o perfil econômico que pode alavancar a região de forma significativa pois Rio Grande já é uma cidade com Pólo Naval consolidado, além de se oferecer também uma proposta educacional robusta para a formação de trabalhadores aqui em nosso Estado”, diz o secretário Ernani Polo.

São dois projetos interessantes e com potencial de retorno econômico e social para o RS. O projeto de construção de uma infraestrutura de docagem na Estação Naval de Rio Grande para fortalecer e injetar recursos na economia local, a exemplo do que já é feito no Rio de Janeiro. E a criação da escola de fluviários no estado que, para além de um projeto de profissionalização, conversa também com o fomento à empregabilidade jovem”, destaca a diretora-geral do gabinete do vice-governador, Daniela Machado.

 

Governo do Estado anuncia medida de incentivo ao setor…

No evento também foram apresentadas outras ações desenvolvidas pelo governo para incentivar o setor econômico

O governador Eduardo Leite anunciou, na tarde desta terça-feira (26/9), uma redução na tributação voltada para a indústria de calçados. A alíquota, que anteriormente estava fixada em 4%, foi reduzida para 3%, resultando em um estímulo financeiro de aproximadamente R$ 60 milhões destinado às empresas do setor. O evento contou com a presença do secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, da secretária da Fazenda, Pricilla Santana, e do chefe da Casa Civil, Artur Lemos.

A medida visa impulsionar a competitividade da indústria de calçados no Rio Grande do Sul e fomentar a absorção de mão de obra especializada disponível na região. Para concretizar o objetivo, é necessário que as empresas expandam suas operações, a fim de acomodar o número de trabalhadores disponíveis.

Em sua fala, Leite ressaltou a importância das reformas pelas quais o Estado tem passado para que fosse possível realizar a redução. “No contexto de dificuldades fiscais em que vivíamos até poucos anos seria difícil propor essa medida. Se hoje conseguimos é porque o Estado equilibrou suas contas e pode fazer esse tipo de incentivo. O que fazemos agora é resultado de uma agenda de reformas econômicas e fiscais que o Estado aprovou com o apoio do Legislativo”, explicou Leite. “Com a medida, o setor calçadista nos oferece novas perspectivas de investimento e geração de empregos.”

“Recebemos demandas de vários segmentos do Estado, que foram contemplados para que cada setor possa crescer cada vez mais. Isso está trazendo investimentos para o Rio Grande do Sul”, ressaltou Polo. “Estamos tornando o Estado mais competitivo em várias frentes. Destaco, também, que Badesul, Banrisul e BRDE podem, hoje, disponibilizar melhores financiamentos porque a condição fiscal favorece.”

Destaque nacional

Com a medida, o governo estadual pretende aprimorar o ambiente de negócios do setor no Rio Grande do Sul, dado o seu papel no mercado nacional. Segundo levantamento do ano passado da Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados), durante o triênio 2020-2022, o Estado se destacou como o segundo maior produtor de pares de calçados no país, com uma média de participação de 21,7% na produção nacional. Somente em 2022 foram produzidos 192,1 milhões de pares no Estado.

O levantamento aponta ainda o Estado como o maior exportador do Brasil. No ano passado, 42,8 milhões de pares foram enviados para o exterior, com receita de US$ 616,4 milhões. Nas exportações, o Rio Grande do Sul contribuiu com 47% do valor total exportado e 30% do número de pares. A participação do calçado no Produto Interno Bruto (PIB) da indústria gaúcha é de 6%.

Atualmente, o Estado abriga 34,5% de todas as empresas calçadistas do Brasil, contando com 1.500 fabricantes registrados. O setor emprega 87 mil pessoas, o equivalente a 29,1% do total nacional. Além disso, nove dos 25 municípios brasileiros que mais empregam na indústria de calçados estão localizados no Rio Grande do Sul: Sapiranga, Novo Hamburgo, Parobé, Campo Bom, Nova Hartz, Igrejinha, Três Coroas, Rolante e Dois Irmãos. Da produção total no Estado, 40% se concentram na região do Vale do Rio dos Sinos, 17% no Vale do Paranhana e 3,2% na região da Serra/Hortênsias.

Para o ano de 2023, as projeções indicam um aumento na produção nacional entre 1% e 1,7%, juntamente com um incremento no consumo doméstico previsto entre 3% e 3,4%.

O presidente do Sindicato da Indústria de Calçados de Três Coroas, João Batista de Souza, elogiou as ações do governo estadual para atrair investimentos. “Essa medida aumenta a competitividade e pode melhorar o ambiente de negócios. Trata-se de um setor que oferece muitos empregos, contribui social e economicamente com os municípios e irá atrair grandes empresas”, afirmou.

Outras medidas

No evento, Polo apresentou um panorama das ações já realizadas pelo Estado para incentivar o progresso das empresas gaúchas. Outros cinco setores já foram beneficiados por medidas da pasta.

No segmento de proteína animal, a suspensão do Fator de Ajuste de Fruição (FAF) teve como objetivo aumentar a competitividade. Além disso, foi implementada a isenção do imposto sobre o óleo degomado usado na fabricação de ração para proteína animal.

No agropecuário, foram implementadas políticas para incentivar a produção de etanol a partir de culturas de inverno, juntamente à ampliação do crédito presumido para a produção de biodiesel. Medidas de estímulo à competitividade na produção de aveia e seus derivados para alimentação humana também foram adotadas, assim como o incentivo à produção e industrialização de batatas preparadas e congeladas.

As microcervejarias contaram com a ampliação do volume de produção permitido, que passou de 3 milhões para 5 milhões de litros por ano.

Para o setor moveleiro, o governo implementou medidas para reduzir os custos na aquisição de placas MDF e MDP (essenciais para a produção de móveis) e aumentou a competitividade na produção de resinas destinadas ao setor.

Na indústria, houve um foco na redução de custos, incluindo medidas para tornar o aço (matéria-prima da produção agroindustrial) mais acessível. Além disso, o governo incentivou a utilização do saldo credor para aquisição de máquinas e equipamentos produzidos localmente e promoveu o crescimento da indústria de produção de colchões.

Empreendimento em homenagem à Varig deve impulsionar o desenvolvimento…

Flying Park Memorial Varig será implementado em Nova Petrópolis

Um projeto que vai relembrar a história de uma das maiores companhias aéreas do país e ao mesmo tempo alavancar o desenvolvimento econômico na região serrana do RS. Essa é a ideia do empreendimento Flying Park Memorial Varig, projetado para ser implementado em Nova Petrópolis.A iniciativa foi apresentada pelos idealizadores nesta terça-feira (19/9) ao secretário estadual do Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo. O poder executivo de Nova Petrópolis e representantes da associação dos ex-servidores da Varig fazem parte da organização deste projeto.

O complexo está prestes a receber a Licença de Início (LI) para ser construído nas proximidades da rodovia estadual RS-235. A obra deve ser entregue aproximadamente em 3 anos. O investimento estimado é de R$ 60 milhões, geração de 200 empregos diretos e 80 indiretos. Além de um hotel moderno com 100 leitos, estão previstas no complexo casas para locação, estruturas de lazer e gastronomia, um museu contando a história da Varig e um avião 727 com três motores, que será uma das atrações do empreendimento. A ideia é potencializar várias áreas do Estado, o que contribui para o crescimento socioeconômico.
“É um empreendimento que se alinha ao propósito de desenvolvimento econômico. Vai incrementar o setor de turismo e ao mesmo tempo vai gerar empregos e renda para a região das Hortênsias e, consequentemente, para o Estado. Também tem um aspecto histórico e cultural importante, de resgate da história do RS, sendo um exemplo de transversalidade entre áreas econômicas e sociais, resultando no crescimento conjunto do Estado”, disse.

A ideia partiu da iniciativa dos ex-servidores da Varig em manter viva a memória da companhia aérea e tudo o que ela representou para a aviação brasileira, especialmente por ser uma empresa gaúcha: “Trabalhei anos na área técnica e depois passei para o grupo de voo, na função de engenheiro de bordo. Voei em diversos aviões da empresa, em aeronaves que, há época, eram pilotadas a três. O 727 já está em Nova Petrópolis e vai ser incluído no projeto no complexo para visitação e até para realizarmos voos virtuais dentro da cabine de comando. É uma atração temática, a cereja do bolo do complexo, que, para mim, representa muito”, disse Oscar Burguel, ex-engenheiro de bordo da Varig.

“A nossa intenção, assim que nós ficamos sabendo do interesse dos ex- funcionários da companhia aérea, imediatamente nos engajamos na ideia, falamos com as partes envolvidas e tocamos para frente o projeto, com a parceria do município, com empresários de nossa cidade, pensando em fomentar o turismo cultural de Nova Petrópolis e da serra como um todo. Queremos que as pessoas possam encontrar, além da rica gastronomia, hotelaria, o aspecto cultural com um atrativo a mais. O município, dentro das suas possibilidades, também está auxiliando com os incentivos neste empreendimento que gira em torno de R$ 60 milhões. Certamente, a visitação de turistas para a serra gaúcha vai aumentar significativamente”, ressalta o prefeito Jorge Wolf.

“Atualmente, Nova Petrópolis tem um fluxo em torno de 2 milhões de visitantes segundo pesquisas, que nós temos realizadas e a vinda de um empreendimento, com essa magnitude vai levar mais visitantes para a Serra Gaúcha, posicionando mais o município no mapa turístico do Rio Grande do Sul e em nível nacional, desenvolvendo ainda mais a região das Hortênsias. Hoje, estima-se que a Serra Gaúcha atrai cerca de 6 milhões de turistas/ano, o que certamente irá aumentar bastante com nosso projeto”, pontua o secretário de turismo de Nova Petrópolis, Rodrigo dos Santos.

“É um empreendimento que se alinha ao propósito de desenvolvimento econômico. Vai incrementar o setor de turismo ao mesmo tempo que vai gerar empregos e renda para a região das Hortênsias e, consequentemente, para o Estado. Também tem um aspecto histórico e cultural importante, de resgate da história do RS, sendo um exemplo de transversalidade entre áreas econômicas e sociais, resultando no crescimento conjunto do Estado”, disse.

Empreendimento traz arquitetura ousada

Como será erguido junto a uma área de morro, o empreendimento possui detalhes arquitetônicos específicos para adequar a sua construção aos devidos cuidados ambientais:
“O projeto foi feito para acompanhar os 63 metros de desnível do terreno, mantendo o empreendimento sustentável na preservação da área ao redor. A obra já está em vias de ter início e o governo do Estado pode ajudar muito também na sua realização, sendo parceiro de várias formas, inclusive na questão do acesso ao complexo pela rodovia. Teremos espaço de estacionamento, praça para a comunidade e o museu que pode atender 1 mil pessoas por dia, contando a história da aviação através da Varig, que é uma empresa gaúcha, conhecida no mundo inteiro. Queremos contar às novas gerações essa história”, ressalta Ênio Vivian, arquiteto que elaborou o projeto.

Por  Alexandre Farina

Comitiva de secretários liderada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico…

Representantes de bancos públicos também acompanharam o grupo

Uma comitiva de secretários e representantes de bancos públicos percorreu nesta quarta-feira (13/9) empresas do Vale do Taquari afetadas pelas cheias, em especial plantas industriais que estão com as atividades paralisadas desde a semana passada. As visitas ocorreram nos municípios de Arroio do Meio, Encantado, Roca Sales, Muçum e Lajeado.

Em Arroio do Meio, a comitiva visitou a Companhia de Alimentos Minuano. A produção de embutidos da unidade foi paralisada devido ao aumento das águas – que chegou a 3 metros de altura – e a empresa concedeu férias coletivas aos 380 funcionários. Em reunião que também contou com a presença do prefeito da cidade, Danilo Bruxel, os diretores da Minuano disseram que ainda estão avaliando os prejuízos e que necessitarão de apoio.

No município de Encantado, a fábrica de materiais e produtos de limpeza Fontana, que emprega 270 pessoas, ficou totalmente destruída. A indústria perdeu equipamentos, componentes eletrônicos e estoques. Ainda na cidade, a comitiva visitou a cooperativa de alimentos Dália, que abate 3 mil suínos por dia e tem cerca de 1,5 mil funcionários. A unidade está com as atividades suspensas.

Em um dos municípios mais atingidos, Muçum, a comitiva se reuniu com o prefeito, Mateus Trojan, e com comerciantes, empresários e produtores para receberem mais informações sobre os prejuízos e detalhar as formas pelas quais o Estado estará atuando para auxiliar na recuperação. Em Roca Sales, em passagem pelo curtume CBR Indústria e Comércio de Couros, o grupo pode ver a destruição da fábrica e dos estoques, que foram tomados pela lama. Depois foram para a Vidraçaria Lajeadense, em Lajeado, que também registrou estragos.

Os secretários do Desenvolvimento, Ernani Polo, da Fazenda, Pricilla Santana, do Meio Ambiente, Marjorie Kauffmann, o subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, o vice-presidente e diretor de Operações do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Ranolfo Vieira Júnior, e superintende Comercial do Badesul, Juliano Corrêa Melo, ouviram relatos sobre as perdas na produção e os esforços das empresas para a retomada das operações. Empreendedores apresentaram  encaminhamentos necessários para acessar linhas disponibilizadas pelos bancos e ações articuladas com os anúncios federais.

O secretário Ernani Polo, que esteve na região no último domingo, reuniu essas duas secretarias e lideranças do BRDE e Badesul para  destacar que são grupos estratégicos para a reconstrução dos empreendimentos e comércios locais. “É importante mediar esses encontros para que se possa ver a realidade, compreender as necessidades das empresas para que se possa elaborar ações assertivas neste momento tão delicado que o Estado vive. Também viemos prestar a nossa solidariedade, em nome do governador Eduardo Leite, que está liderando todo esse processo de ajuda e trabalho conjunto ”, disse.

A secretária Marjorie Kauffmann, que esteve acompanhada de representante da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) destacou a prorrogação temporária do período de vencimento das licenças de operação (LO) e suspensão dos prazos processuais de empreendimentos localizados em municípios atingidos pelos desastres naturais no Rio Grande do Sul. A Portaria Nº 340/2023 foi publicada no Diário Oficial desta terça-feira (12/9). “Nessa visita pudemos ter a dimensão das perdas aos empreendimentos da região do Vale do Taquari. Certamente o Governo do Estado vai empenhar todos os esforços para auxiliar na recuperação dessas empresas que empregam milhares de pessoas. Algumas medidas já foram implementadas, com a divulgação de uma diretriz específica para orientação nos casos de fiscalização em áreas atingidas pelo desastre e a prorrogação de licenças de operação”, informou a secretária da Sema, Marjorie Kauffmann.

O documento prevê que ficam suspensos, por 90 dias, os prazos para renovação de licenças, juntadas de documentos, relatórios, condicionantes e exigências do licenciamento ambiental, independentemente da fase em que os processos se encontram.

A secretaria Pricilla anunciou aos empresários que os pleitos tributários do Estado para auxiliar as empresas foram encaminhados ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e serão votados na próxima sexta (15/9) em reunião extraordinária solicitada pelo Rio Grande do Sul, tendo em vista que necessitam de aprovação unânime de todas as unidades da Federação. “São duas frentes importantes de diálogo com os representantes a partir dos anúncios feitos pelo governador, que são medidas tributárias e linhas de créditos disponibilizadas pelos bancos públicos para a retomada dos investimentos, sobre os quais estamos alinhados para agilizar e facilitar os processos”. A secretária também explicou que empresas que quiserem doar itens podem ficar isentas de tributos estaduais, benefício que já está valendo. O subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, em reunião em Muçum, um dos municípios mais afetadas pela enchente , destacou que há mais de 130 empresas optantes do Simples na Cidade e que essas também podem ter benefícios por meio da prorrogação da arrecadação dos tributos do simples por três meses, medida construída conjuntamente pelo Estado e União.

“Além de renovar nossa solidariedade com as comunidades do Vale do Taquari, fiz questão de estar presente para reafirmar o compromisso do Banco em auxiliar na retomada das atividades econômicas. Já tomamos medidas imediatas, como a suspensão por um ano do pagamento de empréstimos para empresas com negócios impactados. A dimensão dos estragos exigirá esforços coletivos do governo Estadual e Federal por vários meses “, destacou o vice-presidente e diretor de Operações do BRDE, Ranolfo Vieira Júnior.

“É importante estar aqui, falar com os representantes dessas empresas e levar as linhas de crédito mais subsidiadas possíveis para esses empreendedores que estão sofrendo. Essa é a nossa missão tentar ajudar”, disse o superintendente comercial do Badesul Juliano Melo.

Medidas já anunciadas

Na noite de terça-feira (12/9), o governo do Estado já havia apresentado iniciativas para auxiliar os micro e pequenos empreendedores que tiveram seus negócios fortemente afetados pelas enxurradas da semana passada e para apoiar a recuperação econômica das localidades.

As medidas, que incluem prorrogações de pagamentos e isenções tributárias, foram anunciadas pelo governador Eduardo Leite como parte de um conjunto de ações destinadas às pessoas e aos municípios atingidos pelo desastre climático.

As normas tributárias estão sendo elaboradas com urgência para que possam ser aplicadas o mais rápido possível. O Estado solicitou reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que ocorrerá nos próximos dias, para apresentar aquelas que precisam de deliberação.

Iniciativas

• Isenção nas aquisições de ativo imobilizado (ICMS e Difal)

Iniciativa para a aquisição de máquinas e equipamentos destinados ao ativo permanente e  para reposição de ativos deteriorados ou destruídos.

• Não estorno do crédito relativo ao estoque

Não será exigido o estorno do crédito relativo às mercadorias estocadas que tenham sido extraviadas, perdidas, furtadas, roubadas, deterioradas ou destruídas, mediante comprovação de laudo pericial.

• Apoio na garantia das apólices de seguros

Em diálogo com a Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), o Estado vai apoiar as empresas na garantia de recebimento dos valores relativos a suas apólices.

• Prorrogação das datas de vencimento dos tributos

Tributos apurados no Simples Nacional devidos pelos contribuintes com sede nos municípios atingidos terão as datas de vencimento prorrogadas.

• Isenção nas doações de mercadorias

Isenção para doações de mercadorias a entidades governamentais ou assistenciais reconhecidas de utilidade pública para assistência às vítimas da calamidade pública.

• Campanha de doação SOS Rio Grande do Sul

As doações financeiras para a conta SOS Rio Grande, criada pelo governo do Estado no Banrisul, serão aplicadas, entre outras finalidades, para o apoio às micro e pequenas empresas atingidas.

• Linhas especiais de crédito

Na semana passada, o governo do Estado já tinha anunciado medidas visando a recuperação econômica e social das localidades atingidas pelas enxurradas, incluindo linhas de crédito especial para financiamentos pelo Banrisul. Uma das linhas oferecidas disponibiliza R$ 100 milhões para o financiar o giro de longo prazo, preferencialmente para as categorias de microempreendedor individual e de micro, pequenas e médias empresas, com prazo de até 48 meses, carência de 12 meses e taxas diferenciadas.

Secretaria do Desenvolvimento Econômico auxilia os atingidos pelas enchentes

Até esta quarta (6/9), foram contabilizados 70 municípios atingidos e mais de 52 mil pessoas afetadas

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), ciente da situação de emergência que se instalou no Estado devido às enchentes que desde o início da semana atingem o Rio Grande do Sul, está trabalhando junto ao Governo do RS, órgãos vinculados e entidades parceiras para ajudar os moradores das cidades atingidas. Até esta quarta-feira (6/9), foram contabilizados 70 municípios afetados. Segundo dados da Defesa Civil estadual, estima-se em mais de 52 mil pessoas prejudicadas.

Para auxiliar na retomada das atividades e atenuar os prejuízos, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), entidade vinculada à Sedec, irá suspender por um ano o pagamento de empréstimos para empresas cujos negócios foram prejudicados pelas cheias mais graves já registradas em algumas regiões. Além de congelamento temporário das dívidas, com a repactuação de contratos, conhecido como standstill, o banco está buscando viabilizar linhas de crédito emergencial para a retomada das atividades econômicas.

O Badesul e a Junta Comercial do RS entraram na lista de pontos de coleta do Estado e estão recebendo alimentos não-perecíveis, material de limpeza e higiene, agasalhos e lençóis de cama, das 9h às 18h, de segunda a sexta-feira (exceto feriados e finais de semana).

O secretário Ernani Polo salientou a gravidade da situação e disse que o governo está agindo para diminuir os impactos da situação. “Agora estamos em uma força-tarefa para recolher doações e auxiliar da melhor maneira que podemos as pessoas prejudicadas. Estamos conversando com a classe empresarias e entidades representativas para buscar as necessidades imediatas para este momento de dificuldade. Muitas perdas são irreparáveis, mas uma vez que a reorganização dessas cidades comece, a Sedec estará pronta para ajudar a reconstruir o que foi atingido pelas enchentes”, disse.

É possível ajudar as famílias atingidas com a doação de alimentos não perecíveis, produtos de higiene e limpeza, agasalhos e roupas de cama. Em Porto Alegre, os itens podem ser entregues no térreo do Centro Administrativo Fernando Ferrari (Avenida Borges de Medeiros, 1501), na sede da Junta Comercial (Avenida Júlio de Castilhos, 120), e no Badesul ( Rua General Andrade Neves, 175 – Centro Histórico), entidades vinculadas à Sedec. Os pontos de coleta da Campanha do Agasalho também recebem doações:

• Palácio Piratini
• Quartéis da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros Militar
• Prefeituras
• Todas as agências do Banrisul no RS
• Secretaria de Assistência Social do Estado
• Procuradoria-geral do Estado
• Supermercados da Rede Zaffari/ Bourbon
• Secretaria da Segurança Pública
• Unidades do SESC
• Secretaria de Estado de Esporte e Lazer
• Banco do Brasil (ponto de coleta em 36 agências em Porto Alegre, Viamão, Alvorada e Guaíba)
• Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem
• Cruz Azul
• Verte Saúde

POR RENATA DA SILVA SPANHOL / ASCOM SEDEC

Com incentivos do Estado, fábrica de cimento é inaugurada…

Hipermix foi instalada via Programa de Implantação de Distritos Industriais, totalizando R$ 100 milhões em investimentos

A nova fábrica de cimento e argamassa da empresa Hipermix foi inaugurada nesta terça-feira (21/8), no distrito industrial de Montenegro. A terceira unidade do grupo no país foi instalada com incentivo do Programa Estadual de Desenvolvimento Industrial (Proedi), totalizando R$ 100 milhões em investimentos para produção de 100 mil toneladas ao ano. Além disso, está prevista a expansão da planta para dobrar a produção nos próximos dois anos. Nesta primeira etapa, a planta deve gerar cerca de 200 empregos diretos.

A fábrica está em uma área de 78 mil metros quadrados dentro do Polo Industrial de Montenegro/Triunfo, área adquirida do Estado, que fomenta o desenvolvimento industrial. O Distrito Industrial de Montenegro é uma localização estratégica pela facilidade para distribuição do produto final para mercados estratégicos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, além de estados e países, como a Argentina, Paraguai e Uruguai. O cimento produzido terá uma das menores emissões de carbono comparado à média do Brasil e à média mundial, seguindo um dos propósitos do governo de implementar medidas sustentáveis nas práticas de produção.

Representando o governador Eduardo Leite, o secretário de Desenvolvimento Econômico do RS, Ernani Polo entregou a licença de operação da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), marcando a autorização do início das atividades. Polo destacou durante a inauguração da unidade que investimentos deste porte são fundamentais para o avanço do Rio Grande do Sul. “São projetos que vão ao encontro de nossa agenda de desenvolvimento, construída com muito trabalho para fortalecer a economia gaúcha”, ressalta. Ele ainda acrescentou que outros setores econômicos também operam nos distritos industriais via Proedi. “Conhecemos as instalações de outras empresas no Polo da Química e percebemos que a maioria dos empresários implementaram suas atividades no distrito via Proedi, mostrando como o governo do RS incentiva a indústria gaúcha”, salientou.

O empresário uruguaio e ex-jogador de futebol, Diego Lugano, contou como entrou neste negócio binacional, que resultou de uma união de forças e conhecimento entre os dois países, sendo o Brasil representado pelo RS. “Vamos começar com um voo rasante para depois crescer. Muito obrigado, Rio Grande do Sul, por me receber. E agora vão ter que me aturar por muito tempo, hein? Chegamos aqui para não sair”, brincou.

As outras duas unidades da Hipermix no Brasil estão em Caçapava, São Paulo, e Vitória, Espírito Santo.

POR TAÍS TEIXEIRA / ASCOM SEDEC

Governo zera ICMS para compra de óleo degomado e…

Medidas atendem mais dois pleitos do setor de proteína animal

O governo do RS publicou no diário oficial de 3 de agosto o Decreto de número 57.135/23 que prevê o diferimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas saídas internas de óleo vegetal degomado destinado ao produtor rural para a alimentação animal. A manutenção da carga tributária de 6% para venda interestadual de suínos vivos foi aprovada no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e será regulamentada nos próximos dias.

O anúncio ocorreu na segunda-feira (21/8) durante a reunião do Grupo de Trabalho de Proteína Animal, que atende mais dois pleitos do setor. As medidas são retroativas e passam a valer desde 1º de agosto. Coordenado pela secretaria de Desenvolvimento Econômico do RS (Sedec), que tem como titular Ernani Polo, o encontro também entregou atualizações do desdobramento da reunião técnica com a diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que ocorreu no dia 6 de julho, no Rio de Janeiro.

Com a publicação, os suinocultores cadastrados como produtor rural já podem comprar óleo vegetal degomado com ICMS zero. O aumento de 6% para 12% previsto sobre a operação de venda entre estados de suínos vivo foi suspensa e carga já praticada de 6% continua, ficando vigente até 31 de julho de 2024.

O coordenador do GT de Proteína Animal, secretário Ernani Polo, ressalta o comprometimento do Estado com esse segmento econômico. “São mais duas solicitações apresentadas pelo setor que estão sendo atendidas pelo Estado para tornar as áreas mais competitivas”, disse. Polo ainda relembrou suspensão do Fator de Ajuste de Fruição (FAF) sobre as atividades do setor de proteína animal do Rio Grande do Sul até 31 de dezembro deste ano. “O modelo de reunião com as entidades e lideranças política envolvida tem dado certo e estamos conseguindo avançar”, disse. O secretário ainda antecipou que já está na pauta de trabalho o tema logística, com debates para iniciativas no modal ferroviário e também hidroviário.

O secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Seapi, Giovani Feltes, destacou que a pasta tem trabalhado para melhorar as condições de produção rural, como a reservação de água, com mais de quatro mil pequenos açudes escavados, o que diversifica as alternativas aos produtores.

O secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, também salientou o andamento, como a necessidade da profissionalização de produtores e qualificação do manejo para melhorar os resultados na lavoura.

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A reunião também teve o objetivo de atualizar sobre o desdobramento da visita técnica com a diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que ocorreu no dia 6 de julho, no Rio de Janeiro, com uma comitiva formada por 25 integrantes entre secretários e parlamentares. De acordo com o gerente operacional da Agência Porto Alegre do BRDE, Paulo Raffin, que participa de outras reuniões com a equipe do BNDES, a instituição comprometeu-se com o fomento de mais ações, como as linhas de capital de giro e de refinanciamento. “Estamos fazendo reuniões frequentes com o BNDES, o que permite avanços que devem evoluir para uma resolução que deve abranger todos os setores econômicos”. Raffin reitera a importância de unir forças para pleitear junto ao Governo Federal a criação de “uma política perene de mitigação de crises setoriais, o que vai atender todos os setores econômicos em momentos de gravidade”, explicou.

Aeromot apresenta sistema operacional de aeronaves que serão produzidas…

Lançamento do Vowe Air Mobility ocorreu junto com voo experimental da aeronave Diamond DA62

O secretário de Desenvolvimento Econômico do RS (Sedec), Ernani Polo, representou o governador Eduardo Leite no lançamento do novo programa de mobilidade aérea nesta terça-feira (15/8). A apresentação foi feita pela empresa gaúcha de tecnologia aeronáutica Aeromot no Aeroporto de Canela e reuniu empresários e autoridades da região. Chamado de Vowe Air Mobility. O evento também proporcionou a demonstração da aeronave Diamond DA62, que será produzida no Rio Grande do Sul aos convidados.

Polo chegou ao evento na aeronave DA62, no voo experimental do modelo, que deve ter seu primeiro lote de entrega em 2025. “Um voo seguro, confortável e tranquilo, o que me deixa feliz em saber que em breve teremos uma fábrica de aeronaves no Estado usando mão de obra loca, impulsionando dois pilares da economia, que são a geração de emprego e de renda”, disse. A projeção é de 1,5 mil empregos diretos e indiretos nas fabricas de construção e de operação.

A planta será construída dentro do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. A expectativa de começo de trabalho é no primeiro semestre do ano que vem. Segundo o CEO da Aeromot, Guilherme Cunha, assim que a indústria estiver pronta para iniciar a operação, a estimativa de produção é de 60 unidades por ano.

A aeronave será utilizada no sistema exclusivo Vowe Air Mobility, programa que será vinculado ao fabricante, que será disponibilizado por meio de planos de assinaturas, mais acessíveis e personalizados. Cunha explica que se trata de dois projetos distintos e que as primeiras aeronaves chegarão do Canadá para inicio da operação pela VOWE e posteriormente será usadas as aeronaves fabricadas pela planta gaúcha. A produção brasileira das aeronaves DA62 será destinada para o mercado da América do Sul.

A Vowe prevê operação com mais de 100 aviões por mais de 50 bases em todo o Brasil. A região de Canela e Gramado será uma dessas bases, após o lançamento do sistema. A operação na serra gaúcha fomentará ainda mais o turismo na região, com o transporte aéreo facilitado, seguro e mais econômico, promovendo o desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul.

O modelo DA62 é referência de mercado em tecnologia, segurança e economia. A aeronave tornou-se líder mundial da categoria em poucos anos. No Brasil, o modelo já corresponde a mais de 86% das entregas de bimotores a pistão novos, no período de 2020 a 2023, fator determinante para a vinda da fábrica das aeronaves para o país.

Governador Eduardo Leite assina decreto para estimular produção de…

Medida refletirá em toda cadeia produtiva, do cultivo ao processamento

A produção de etanol no Rio Grande do Sul ganhou um grande estímulo na manhã desta quinta-feira (3/8). O governador Eduardo Leite assinou um decreto que modifica o  regulamento do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias (ICMS) para o etanol. Esta medida se refletirá em toda a cadeia produtiva, desde o cultivo de matéria-prima para a fabricação do combustível até o processamento do produto, além de ser um passo para uma mudança na matriz energética do Estado para um caminho mais sustentável.

A articulação para que essa medida se concretizasse ocorreu há cerca de 60 dias, a partir de uma reunião no Palácio Piratini, em que participaram a Organização das Cooperativas do RS (Ocergs), o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro), Paulo Pires, o presidente da Cooperativa Agropecuária e Industrial (Cotrijal), Nei César Mânica, a Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem (Abid), a Rede de postos Sim, o Grupo Ferrarin, a Cotripal Agropecuária Cooperativa de, Panambi, e o deputado estadual Elton Weber, onde se reivindicou ao governo a ampliação do benefício para as indústrias de etanol, que se confirmou nesta quinta-feira.

O governador Eduardo Leite iniciou sua fala ressaltando que o Estado está vivendo uma agenda de desenvolvimento, competitividade e modernização do sistema tributário, o que gera oportunidades para o gaúcho, que é um povo empreendedor. Salientou que o decreto assinado é importante para toda a cadeia produtiva, pois representa investimentos e geração de empregos em plantas industriais, que possam fazer o processamento do etanol, e estímulo para o setor primário, com ampliação das plantações de cultura de inverno. Tudo isso sem esquecer o compromisso ambiental, uma vez que este combustível gera uma menor emissão de carbono.  O governador ainda deu um aceno para que novas medidas sejam adotadas no futuro. “É um primeiro movimento. Ainda há possibilidade que para aumentar esse crédito presumido”, disse.

O secretário Ernani Polo destacou que este decreto vem ao encontro do que já estava sendo discutido na Assembleia Legislativa, que era dar um valor agregado maior às matérias-primas produzidas no Rio Grande do Sul, e que se conecta com o desejo do governo de impulsionar o desenvolvimento econômico e social do Estado. “Nós temos um grande potencial de produção de etanol e este é um projeto que envolve desde a cultivo, passando pela indústria e a distribuição final. Estamos dando um passo fundamental para caminharmos em direção ao que o Centro-Oeste fez no passado, com a cultura do milho, e que teve como resultado a criação de uma nova matriz econômica na região”, disse.  Polo também deu ênfase no fato de que “o Rio Grande do Sul é um estado que se moderniza, que está próximo do empreendedor e que junto com as entidades e o setor privado busca construir caminhos e alternativas, sempre aprimorando os processos”.

A redução da dependência do etanol externo que o decreto assinado tem por objetivo trazer também representa um incremento na agricultura do Estado. Segundo o presidente da Ocergs, Darci Hartmann, o Estado conta hoje com 7 milhões de hectares de plantas de verão e somente 1,5 milhão de inverno, abrindo a oportunidade de cultivo de lavouras forrageiras que podem ser industrializadas nessa diferença de 5,5 milhões. “Assim, o produtor pode gerar renda e continuar na atividade do campo”, completou.

Também estiveram presente no ato de assinatura do decreto o vice-governador, Gabriel Souza, o coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Autossuficiência do Etanol da Assembleia Legislativa, deputado estadual Elton Weber, o deputado estadual Marcus Vinicius de Almeida, representantes de cooperativas e empresários do setor de combustíveis.

POR RENATA DA SILVA SPANHOL / ASCOM